domingo, 11 de novembro de 2012

AVC



Boa notícia! Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2000 e 2010, a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) caiu 32% na faixa etária até os 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, a doença está entre as principais causas de morte e internação no país, segundo o próprio ministério, e, só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária.
A Organização Mundial de AVC (WSO) alerta que, no mundo, 15 milhões de pessoas têm AVC a cada ano, e, dessas, cerca de 6 milhões não sobrevivem. O presidente da WSO, Stephen Davis, na abertura do 8° Congresso Mundial de AVC, que ocorreu hoje (10), disse que esse problema “pode ser evitado, tratado e pode ser manejado a longo prazo”.
O acidente vascular cerebral decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro. Essa falta ou restrição no fornecimento de sangue pode provocar lesão ou morte celular e danos nas funções neurológicas. Além de provocar mortes, o AVC é a principal causa de incapacidade em adultos no mundo.
A WSO recomenda, para saber se uma pessoa está tendo AVC, primeiramente, pedir que a pessoa sorria e que se observe se o sorriso está torto. Em seguida, verificar se ela consegue levantar os dois braços. Outro passo é verificar se há alguma diferença na fala, se está arrastada ou enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde. O Brasil participa da campanha mundial de combate ao AVC da WSO “6 em 1”. O nome da campanha é uma alusão à estatística que aponta que a cada seis pessoas, uma terá AVC durante a vida.
Na abertura do Congresso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é fundamental reduzir o tempo entre a percepção dos sintomas e a aplicação dos medicamentos. “Uma parcela muito pequena que tem sintomas de AVC chega ao serviço especializado antes das quatro horas e meia, período chave para reduzir a mortalidade”, disse o ministro. No evento, Padilha assinou a habilitação que cria dois Centros de Atendimento de Urgência – Tipo 3, voltados para pacientes com AVC, um em Fortaleza (CE) e outro em Porto Alegre (RS).  Este terá dez leitos e aquele, 20 leitos.
Até 2014, o Ministério da Saúde deverá investir R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC. Desse total, cerca de R$ 370 milhões serão utilizados para financiar leitos hospitalares e R$ 96 milhões serão aplicados na oferta de tratamento com uso de Alteplase (enzima que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos).



http://qualidadedevidaemfoco.blogspot.com.br

Os benefícios da atividade física são bem conhecidos: prevenção de doenças, perda dos quilinhos extras e mais disposição, entre outras coisas. Mas você sabia que os exercícios também podem aprimorar o seu cérebro?
Ao contrário do que muita gente pensa, um estudo realizado pelo Laboratório de Neurociências do Instituto Nacional de Saúde dos EUA mostrou que, para “malhar” a massa cinzenta, não são necessários apenas estudos e leitura. Atividades físicas de modo geral ajudam a memória, a aprendizagem e incentivam o nascimento de neurônios.
Animais submetidos a exercícios regularmente tiveram maior produção das substâncias que atuam no desenvolvimento das células nervosas. Além disso, estudos com ressonância magnética realizada em voluntários que se movimentavam regularmente detectou uma intensa atividade no hipocampo, região cerebral onde estão armazenadas as células-tronco que darão origem aos novos neurônios.
Entretanto, antes mesmo da divulgação dessas pesquisas, fisiologistas e neurologistas já conheciam alguns benefícios que o hábito de se exercitar dava ao órgão-mãe do sistema nervoso. “A liberação de hormônios, como a endorfina, que dão a sensação de bem-estar, prazer e relaxamento, é boa tanto para o corpo quanto para o cérebro”, conta o fisiologista e coordenador técnico da academia Razões do Corpo, Luciano Teixeira.
Esses efeitos foram sentidos pela estudante Karina Agnez Cordeiro, 16. Há pouco mais de um ano ela resolveu entrar na academia a fim de mudar a rotina sedentária. E nesse período de aquecimento para o vestibular, em que terá que dar conta de um grande conteúdo de estudo, ela percebeu um ganho em seu desenvolvimento escolar depois que começou a treinar. “Sempre fui muito dedicada, mas o exercício relaxa a gente. Melhorou a questão da disposição e da concentração, que eram um pouquinho ruim”, diz.

Memória ativada
O estímulo dos neurônios promovido pelas atividades físicas também elevam a produção de neurotransmissores, que são as substâncias responsáveis por levar as instruções de uma célula para outra. “Isso melhora o desempenho de todas as funções cerebrais, para pensar com mais clareza e ter um ganho na memória”, salienta Luciano. Para ativar sua caixa de pensamentos, a escolha entre corrida, natação, ciclismo, pilates, capoeira, boxe ou outros tantos tipos de atividade, pode ser feita por gosto pessoal. “Qualquer tipo de exercício ajuda a beneficiar a concentração desde que seja feito regularmente pelo menos 30 minutos por no mínimo seis meses”, explica o neurologista Renan Domingues.
Mas Luciano lembra que a musculação tem um papel interessante. “A contração muscular estimula o crescimento vascular no cérebro, dando origem a novos vasos sanguíneos”.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

E.L.A

Astrócitos e Esclerose Lateral Amiotrófica familiar: implicação na progressão da doença

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa, que afeta seletivamente os neurônios motores, provocando morte neuronal e atrofia muscular progressiva e fatal. O fato de apenas os neurônios motores serem afetados vem intrigando os pesquisadores que se dedicam a investigar a doença. Embora a morte dos neurônios motores determine os sintomas apresentados pelos pacientes, existe um crescente consenso, entre os pesquisadores, de que as células não neuronais – como por exemplo astrócitos e células de microglia – participem também do desenvolvimento da doença. De fato, recentes resultados experimentais apontam para a existência de substâncias tóxicas liberadas pelos astrócitos, as quais são capazes de promover a morte de neurônios motores, mas não de outros tipos de neurônios.

Esses achados abriram inúmeras possibilidades de investigação da doença – até hoje sem diagnóstico laboratorial e tratamento específico – não só no sentido de caracterizar essas substâncias, mas também de modular sua ação tóxica, além da possibilidade de terapia de reposição celular.

Há muito se sabe que a ELA familiar está associada a uma mutação no gene da enzima superóxido dismutase (SOD1). Essa enzima é responsável pela eliminação de superóxidos, que são tóxicos para as células. Estudos recentes mostraram que quando esse gene é alterado, especificamente nas células de microglia, ocorre uma aceleração na progressão da doença. A partir desses resultados tornou-se importante saber se com a modulação da mutação desses genes nos astrócitos haveria alguma melhora no quadro clínico da doença.

Um recente trabalho, in vivo, publicado na Nature Neuroscience, examinou exatamente esta questão usando técnicas específicas de biologia molecular e camundongos transgênicos para a doença. Os resultados mostraram que a atenuação da expressão da enzima SOD1 em astrócitos levou a uma diminuição significativa na progressão tardia da doença, sendo este achado relacionado a um atraso na ativação da microglia. Não houve, porém, mudanças importantes no início dos sintomas relacionados à doença.

É importante ressaltar que, embora o início da doença não tenha mudado significativamente, esses resultados sugerem que os astrócitos mutantes medeiam a ativação de microglia amplificando a resposta inflamatória através da produção de óxido nítrico e de outras substâncias nocivas aos neurônios, o que deve, sem dúvida, acelerar a morte neuronal e a progressão da doença através de um mecanismo não neuronal. Abrem-se, portanto, novas possibilidades de encontrar terapias que venham a proporcionar um atraso na progressão da doença, aumentando a expectativa de vida desses pacientes.

Vale ressaltar que esses trabalhos foram realizados apenas em modelos da forma familiar da doença a qual, como abordado anteriormente, é acompanhada de uma mutação no gene da enzima SOD1. Na forma esporádica, responsável por 90% dos casos, não há mutação na SOD1, embora os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes sejam semelhantes. Portanto, não se pode ainda dizer que o mesmo acontece com a forma esporádica da doença, mas certamente esses estudos nortearão novos caminhos a serem percorridos para detectar se o mesmo mecanismo está presente na forma não familiar.

Fonte: www.ivdn.ufrj.br

Alzheimer


Posted: 02 Oct 2012 08:22 PM PDT
http://coisadevelho.com.br/?p=6227


As pessoas que mantêm o cérebro ativo durante toda a vida com atividades cognitivamente estimulantes, como leitura, escrita e jogos, têm menores níveis de proteína beta amilóide, vinculada com o Mal de Alzheimer, indicou um estudo publicado na edição digital da revista Archives of Neurology.
A proteína em questão forma placas senis no cérebro dos pacientes com Alzheimer ao concentrar-se e afetar a transmissão entre as células nervosas do cérebro.
Embora estudos anteriores já tenham sugerido que realizar atividades mentais poderia contribuir para evitar o Alzheimer na idade adulta, esta nova pesquisa identifica o fator biológico, o que pode ajudar a desenvolver novas estratégias para os tratamentos.
“Mais que simplesmente proporcionar resistência ao Mal de Alzheimer, as atividades de estímulo do cérebro podem afetar um processo patológico primário da doença”, indicou um dos principais envolvidos no estudo, William Jagust, professor do Instituto de Neurociência da Universidade da Califórnia.
Isto indicaria que o tratamento cognitivo “pode ter um importante efeito 'modificador' da doença se forem aplicados os benefícios do tratamento com suficiente adiantamento, antes que apareçam os sintomas”, explicou.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os adultos de idade avançada. Seu principal sintoma é a perda de memória, que tem como consequência a demência.
Os pesquisadores pediram a 65 adultos sãos, cognitivamente normais e maiores de 60 anos, que indicassem a frequência com a qual participaram de atividades mentais como ler livros e jornais e escrever cartas ou e-mails. As perguntas foram focadas em vários pontos da vida desde os 6 anos até a atualidade.
Os participantes fizeram testes neuropsicológicos amplos para avaliar sua memória e outras funções cognitivas, além de terem se submetido a scanners cerebrais e a um exame desenvolvido no Laboratório de Berkeley a fim de visualizar as proteínas beta amilóides.
Os pesquisadores compararam os resultados dos indivíduos sãos com os de 10 pacientes diagnosticados com Alzheimer e os de 11 pessoas sãs de 20 anos, descobrindo uma associação significativa entre os níveis mais altos da atividade cognitiva durante toda a vida e níveis baixos da proteína.
“Esta é a primeira vez em que o nível de atividade cognitiva se relaciona com a acumulação de beta amilóide no cérebro”, assinalou Susan Landau, pesquisadora do Instituto de Neurociência Helen Wills e do Laboratório de Berkeley (Califórnia).
“A acumulação dessas proteínas provavelmente começa muitos anos antes do aparecimento dos sintomas. O início da intervenção pode ser muito antes, e é por isso que estamos tentando identificar se os fatores de estilo de vida podem estar relacionados com as primeiras mudanças”, explicou Susan.

       Fonte: http://www.neurolab.com.br/index.php

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Alzheimer


Posted: 02 Oct 2012 08:22 PM PDT
http://coisadevelho.com.br/?p=6227


As pessoas que mantêm o cérebro ativo durante toda a vida com atividades cognitivamente estimulantes, como leitura, escrita e jogos, têm menores níveis de proteína beta amilóide, vinculada com o Mal de Alzheimer, indicou um estudo publicado na edição digital da revista Archives of Neurology.
A proteína em questão forma placas senis no cérebro dos pacientes com Alzheimer ao concentrar-se e afetar a transmissão entre as células nervosas do cérebro.
Embora estudos anteriores já tenham sugerido que realizar atividades mentais poderia contribuir para evitar o Alzheimer na idade adulta, esta nova pesquisa identifica o fator biológico, o que pode ajudar a desenvolver novas estratégias para os tratamentos.
“Mais que simplesmente proporcionar resistência ao Mal de Alzheimer, as atividades de estímulo do cérebro podem afetar um processo patológico primário da doença”, indicou um dos principais envolvidos no estudo, William Jagust, professor do Instituto de Neurociência da Universidade da Califórnia.
Isto indicaria que o tratamento cognitivo “pode ter um importante efeito 'modificador' da doença se forem aplicados os benefícios do tratamento com suficiente adiantamento, antes que apareçam os sintomas”, explicou.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os adultos de idade avançada. Seu principal sintoma é a perda de memória, que tem como consequência a demência.
Os pesquisadores pediram a 65 adultos sãos, cognitivamente normais e maiores de 60 anos, que indicassem a frequência com a qual participaram de atividades mentais como ler livros e jornais e escrever cartas ou e-mails. As perguntas foram focadas em vários pontos da vida desde os 6 anos até a atualidade.
Os participantes fizeram testes neuropsicológicos amplos para avaliar sua memória e outras funções cognitivas, além de terem se submetido a scanners cerebrais e a um exame desenvolvido no Laboratório de Berkeley a fim de visualizar as proteínas beta amilóides.
Os pesquisadores compararam os resultados dos indivíduos sãos com os de 10 pacientes diagnosticados com Alzheimer e os de 11 pessoas sãs de 20 anos, descobrindo uma associação significativa entre os níveis mais altos da atividade cognitiva durante toda a vida e níveis baixos da proteína.
“Esta é a primeira vez em que o nível de atividade cognitiva se relaciona com a acumulação de beta amilóide no cérebro”, assinalou Susan Landau, pesquisadora do Instituto de Neurociência Helen Wills e do Laboratório de Berkeley (Califórnia).
“A acumulação dessas proteínas provavelmente começa muitos anos antes do aparecimento dos sintomas. O início da intervenção pode ser muito antes, e é por isso que estamos tentando identificar se os fatores de estilo de vida podem estar relacionados com as primeiras mudanças”, explicou Susan.

       Fonte: http://www.neurolab.com.br/index.php

Meu filho não fala. E agora?


  Meu filho não fala. E agora?
Atenção a esse sinal! Ele pode ser um sintoma de algo mais sério, como autismo ou surdez

Por Jéssie Panegassi / Ilustrações: Melissa Lagôa

Ilustração: Melissa Lagôa
Na tarde de Natal de 2010, a fonoaudióloga Noemi Gomes recebeu um ótimo presente. A partir daquele dia teria junto de si um filho. A festa estava completa. Juan, com 3 anos na época, foi logo adotado por toda a família. Contudo, a mamãe e o papai já haviam notado a dificuldade do menino em se comunicar. Ele não falava palavras completas, muito menos frases, embora tivesse idade suficiente para tanto. Noemi sabia que isso poderia significar algum problema.
Mesmo no abrigo onde Juan vivia, que só aceita crianças de até 4 anos, já haviam sido realizados exames para verificar a existência de alguma possível doença. Ele ainda usava fraldas, não conseguia comer sozinho e a comunicação era extremamente difícil, uma vez que não falava. Mesmo com três anos e dois meses, a mãe afirma que o seu desenvolvimento era similar ao de uma criança com um ano e meio de idade.
Quando começaram a se conhecer, ela descartou a possibilidade de autismo. O menino fazia contato com os olhos, mostrava que entendia o que lhe falavam e aceitava ser tocado, o que descaracteriza essa doença. Noemi não traçou nenhum "plano de ação" com o seu filho. Ela acreditava que apenas com o estímulo correto ele se desenvolveria normalmente. A partir desta convicção, ela passou a lhe dar bastante carinho e estimulá-lo em momentos simples, como no banho, na hora de comer ou durante as brincadeiras. Com isso, ele passou a se desenvolver rapidamente.

A aprendizagem da fala ocorre em tempos diferentes para cada criança. Porém, deixar de realizar essa atividade no prazo médio não é sinal de alguma doença

Ilustração: Melissa Lagôa
Quando procurar ajuda
"Começar a falar faz parte de um desenvolvimento global chamado de neuropsicomotor", ensina Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). "É esperado que as crianças comecem a falar palavras isoladas entre um ano e um ano e meio de idade. Já as frases completas devem ser pronunciadas entre dois anos e meio e três anos", afirma Ana Luiza Navas, professora do curso de fonoaudiologia da Santa Casa de São Paulo.
Apesar disso, esse processo ocorre em um tempo diferente para cada criança, e não realizar essas atividades no prazo médio não é necessariamente sinal de uma doença. No entanto, "se a criança não começar a falar até os 2 anos, ela deve ser encaminhada para pesquisas e exames fonoaudiológicos", alerta Sylvio Renan Monteiro de Barros, pediatra e autor do livro Seu bebê em perguntas e respostas (MG Editores). A fonoaudióloga e o pediatra concordam que, apesar de não ser uma regra, é comum que as meninas se desenvolvam antes dos meninos - inclusive na hora de dizer as primeiras palavras.


Ilustração: Melissa Lagôa

Os principais fatores que interferem no processo da fala são surdez, doenças de faringe e laringe, autismo e problemas psicológicos

Os possíveis diagnósticos
Os especialistas concordam que o primeiro ponto a ser analisado é se a criança consegue escutar e entender o que está sendo dito. "Muitas vezes ela até consegue falar algumas palavras, mas não com todos os sons que um adulto emite. Isso faz parte do desenvolvimento normal.
O que realmente preocupa pais e médicos são os problemas de natureza orgânica, como a deficiência auditiva, e quando ela demonstra que não entende e não consegue se comunicar de outra forma - pois pode ser um dos primeiros sinais de autismo", explica a fonoaudióloga Ana Luiza. "Os principais fatores que são capazes de interferir no processo de desenvolvimento e reprodução da fala são surdez, doenças de faringe e laringe, autismo e uma série de outros problemas psicológicos e afetivos, como a insegurança e também a superproteção", completa o pediatra Barros.
Para evitar maiores problemas, o diagnóstico correto é de suma importância. Os exames clínicos de observação de um médico experiente, assim como a realização de exames, fazem parte desse processo. "Ainda existem as doenças que podem simular o autismo, como alguma má formação cerebral, entre outros. Por isso é importante sempre pedir os exames", confirma o neuropediatra Breinis.
Se os problemas não são diagnosticados e tratados, esses sintomas podem se estender para o período escolar, causando transtornos ainda maiores, como a repetência e a falta de vontade de estudar. "Quando existe essa falha na produção e na compreensão da fala, a comunicação estará comprometida", diz Ana Luiza. "Se esses sintomas chegam até a idade escolar, as crianças podem levar os problemas que têm na fala para a escrita. Por isso, recomenda-se procurar orientação no período pré-escolar", conclui.

Quando uma criança começa a falar, vai aos poucos aprendendo a dar significado para uma linguagem que já está interna. Ou seja, ela entende o vocabulário e depois vai tentar falar aquilo que conhece
  
Ilustração: Melissa Lagôa
O que fazer para ajudar?
Alguns problemas, infelizmente, não são possíveis evitar. Mas para auxiliar tanto no desenvolvimento da criança quanto no relacionamento com os pais, os especialistas recomendam: "Já durante a gestação a mãe deve conversar com o bebê para estimular que ele guarde uma memória da fala", instrui Barros. Isso porque "o pensamento é formado primeiro. Quando uma criança começa a falar, vai aos poucos aprendendo a dar significado para uma linguagem que já está interna. Ou seja, ela entende o vocabulário e depois vai tentar falar aquilo que ela já conhece", explica a fonoaudióloga Noemi.
Estimular a criança a conversar e não corrigi-la quando falar errado é uma ajuda para que não se iniba no começo da comunicação. Para realizar esse tipo de atividade, a desculpa da falta de tempo não é válida. Pequenas conversas na hora de dar banho - "olha a espuma, filho! Quanta espuma!", por exemplo - na hora das refeições ou de colocá-lo na cama já fazem toda a diferença. Para corrigir uma criança, "os pais nunca devem dizer que ela está errada ou repetir a palavra de forma incorreta. Quando ela disser 'au-au', os pais devem falar: 'isso mesmo, filha, um cachorro!", ensina Barros. "É péssimo para o aprendizado quando você tira o foco do que a criança está querendo explicar para como ela está explicando", confirma Noemi.
Naquela mesma noite de Natal, Juan comeu muito chocolate, brincou com os primos e se despediu dos familiares já com algumas palavrinhas a mais. Os pais não tinham dúvida de que ele se desenvolveria muito ainda. Hoje, acabou de completar 5 anos e já fala a maioria das palavras de forma correta. Aquelas que ainda não saem perfeitamente, com um pouco mais de atenção é possível compreender. Já a mamãe Noemi pôde comprovar, mais uma vez, a diferença que o estímulo e o carinho dos pais faz no desenvolvimento de um pequeno.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Posted: 08 Oct 2012 05:16 PM PDT
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Um estudo feito na Finlândia apontou que, num grupo de mil homens monitorados por 12 anos, aqueles que tinham maior índice de licopeno no sangue tiveram menor incidência de acidente vascular cerebral (AVC).  O trabalho será publicado nesta terça-feira na edição impressa do jornal científico Neurology, da Academia Americana de Neurologia.
O antioxidante licopeno é responsável por dar a cor avermelhada ao fruto. A investigação científica mostrou que homens com uma quantidade mais alta de licopeno no sangue tiveram 55% menos chances de sofrer um AVC do que aqueles que apresentaram níveis mais baixos. A estimativa foi apresentada por pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental, localizada em Kuppio.
A pesquisa envolveu 1.031 homens na Finlândia, com idades entre 46 e 65 anos. O nível de licopeno no sangue foi testado no início do estudo e acompanhado durante 12 anos. Durante este período, 67 homens sofreram um AVC.
A partir deste número, os cientistas separaram 517 homens em dois grupos: aqueles com níveis mais baixos de licopeno e os que tinham os níveis mais altos. Do grupo que apresentou as taxas menores do antioxidante no sangue, 25 sofreram um AVC. Já no grupo oposto, apenas 11 tiveram registro de derrame cerebral.
De acordo como autor do estudo, Jouni Karppi, a pesquisa se soma a outras evidências de que uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a um menor risco de AVC. Segundo ele, os resultados fortalecem a recomendação de que as pessoas devem consumir mais de cinco porções de frutas e vegetais diariamente.


Posted: 08 Oct 2012 05:20 PM PDT
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Uma pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience neste domingo identifica um grupo de neurônios que tem como papel controlar a entrada e a saída de memórias no cérebro. O estudo foi realizado em parceria entre cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, com pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
As células, chamadas OLM, estão localizadas no hipocampo, área do cérebro ligada à formação de novas memórias. Ao serem desativadas, elas ajudam a absorver uma sensação, por exemplo, um cheiro ou uma imagem, e transformá-la em memória. Ao serem ativadas, elas priorizam os sinais provenientes do próprio hipocampo em vez de estímulos sensoriais, atuando para “puxar” pela memória e lembrar de algo, afirma o neurocientista Richardson Leão, da UFRN, um dos autores do estudo.
Para Leão, o estudo “é o primeiro a mostrar que um único grupo de células é capaz de controlar tanto a formação quanto a evocação de memórias”. A pesquisa avança no caminho para, no futuro, ser possível ativar memórias de forma artificial ou limitar a absorção de informações pelo hipocampo, por exemplo, de acordo com o neurocientista. No caso de pessoas com Alzheimer, que têm perda na capacidade de armazenar memórias, a pesquisa pode permitir a criação de tratamentos levando em conta este grupo de neurônios, pondera Leão.
Para o estudo foram usados camundongos de laboratório transgênicos e uma combinação de técnicas inovadoras que possibilitaram, pela primeira vez, tornar os neurônios sensíveis a diferentes tipos de lasers, permitindo, assim, não apenas identificar o grupo específico em questão como também controlá-lo. Os neurônios descobertos carregam um receptor para a nicotina. “Verificamos que as células são sensíveis a essa substância. A nicotina ativa as células, influencia o processo cognitivo”, diz o neurocientista.
Para Leão, o estudo abre caminho para ser possível, futuramente, pesquisar um medicamento com fórmula parecida com a da nicotina, mas sem outros efeitos da substância, que permita ativar este grupo de neurônios e assim ajudar no tratamento de doenças como mal de Alzheimer e esquizofrenia.

sábado, 13 de outubro de 2012